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Arquitetos: LABarq
- Área: 559 m²
- Ano: 2025
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Fotografias:Ariadna Polo
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Fabricantes: CASTEL, Epca, HOMEA, Pinturas Berel, PlayLux, Tecnolite, Tecnotabla, URREA

Descrição enviada pela equipe de projeto. A Casa Rio é um projeto que responde de maneira sensível à topografia e à geometria irregular de seu terreno. Sua forma em "V" não apenas resolve a condição trapezoidal do lote, mas gera um jardim central que articula a habitação e emoldura as vistas para o entorno natural circundante.


A intenção é que a arquitetura desapareça entre as árvores, com paredes cegas na frente e uma abertura total para a paisagem posterior: uma casa leve, transparente e consciente de seu entorno.

O projeto se desdobra em dois volumes principais. O primeiro, inclinado para se adaptar à topografia, abriga os espaços sociais: sala de estar e jantar em pé-direito duplo, um escritório com acesso independente e um mezanino que amplifica o espaço interno. Para o exterior, uma piscina e uma lareira externa geram continuidade entre a arquitetura e a paisagem.


O segundo volume concentra os serviços no térreo — cozinha, sala de TV, terraços e núcleo de circulações —, além de um porão com despensa e quartos de serviço. O andar superior é destinado aos espaços privados: uma suíte master com closet e três suítes secundárias que se abrem estrategicamente para a fachada noroeste, obtendo vistas controladas sem comprometer a privacidade.


O projeto estrutural se integra como parte da linguagem arquitetônica. Pilares de aço esbeltos, placas e tensores metálicos permitem espaços amplos. Nos quartos, os tensores regulam a incidência solar e direcionam as vistas, reforçando a conexão com o exterior. As paredes laterais do primeiro volume flutuam sobre o terreno, intensificando a sensação de leveza e transparência.


As fachadas criam um diálogo contrastante: na frente e nas laterais, apresentam-se sóbrias e sólidas, enquanto a parte posterior se abre completamente por meio de painéis do piso ao teto, dissolvendo os limites entre interior e exterior.

A materialidade reforça essa integração com o contexto através do uso de recursos locais: mármore Santo Tomás e chapa de nogueira, que dialogam com jardins secos de cascalho e vegetação nativa de baixo consumo hídrico. O projeto substitui o gramado tradicional por uma paisagem sustentável, reduzindo o impacto ambiental e reforçando seu vínculo com o território.
































